Logística

Terminal hidroviário sem solução em Porto Velho

De acordo com o site Diário da Amazônia, interditado desde o final de fevereiro, o Porto do Cai n’Água permanece sem movimento após apresentar várias irregularidades, sendo a pior delas o rompimento dos cabos de aço de sustentação das plataformas. Na época, a interdição do terminal hidroviário foi solicitada pela Marinha do Brasil, através da Delegacia Fluvial de Porto Velho, de acordo com Ademir Azevedo, diretor do terminal. As obras, que tinham sido retomadas no dia 21 de junho, foram paralisadas poucos dias depois, por conta de alguns problemas, como o motor que parou de funcionar. 

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pelas obras, outros problemas no porto foram identificados, como falhas elétricas, falta de asfaltamento e segurança. No entanto, até agora a situação do porto segue sem resolução. A Delegacia Fluvial de Porto Velho diz que o porto segue interditado, uma vez que a responsabilização da obra segue com a Marinha de Manaus e Dnit e, segundo o capitão de corveta Alexandre Nascimento, a capitania fluvial da cidade está acompanhando todo o processo e, se preciso for, dará todo o suporte necessário à Marinha de Manaus para qualquer intervenção. 

Pelo rio Madeira ocorre o escoamento da produção agrícola, principalmente soja e milho de Mato Grosso e Rondônia, e insumos como combustíveis e fertilizantes, com destino a Porto Velho e Manaus, sendo, portanto, um dos principais corredores logísticos do País. No período da estiagem amazônica, a navegação fica comprometida e coloca em risco a navegação na região. O baixo nível das águas e a existência de bancos de areia podem provocar colisões de embarcações, o que poderia ser evitada se não houvesse o atraso dos serviços de dragagem do rio Madeira, que reduziria consideravelmente o assoreamento e os bancos de areia, permitindo uma navegabilidade mais confiável mesmo no período da seca. 

Por conta do baixo nível das águas, que reduz as condições de navegabilidade, a Delegacia Fluvial de Porto Velho proibiu, em agosto, a navegação no período noturno restrita no trecho entre Porto Velho (RO) e Humaitá (AM), que permanece proibida, segundo o comandante Nascimento, com restrição aos comboios, com solicitação máxima de cuidados aos navegantes.

 

Diário da Amazônia, 19/09/2017

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