Culturas

Uso da babosa como biofertilizante surpreende agricultores

Na fazenda de Magno Alves, em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), a babosa foi plantada em uma área de 10 hectares.

Muito empregada em produtos cosméticos, ela é originária da África e tem o nome cientifico de Aloe Vera. Alguns registros dão conta de que já era conhecida antes de Cristo, mas agora a babosa é usada como biofertilizante.

No processo, a babosa vai do campo para um centro de processamento. A planta é lavada, picada e liquidificada com água. Depois, o produto é coado e segue para uma centrífuga, onde são retiradas as impurezas. O biofertilizante é reservado em tambores. Numa fábrica na região de Campinas, é analisado quimicamente antes de ser envasado.

O agrônomo José Romeu Fávaro acompanhou o projeto de criação do biofertilizante e explica que o produto forma uma camada de proteção sobre as plantas, diminuindo os efeitos do sol forte. Além disso, a babosa também ajuda na nutrição da lavoura.

Edemur Pedroso da Silva aceitou testar o produto numa plantação de soja e milho. A conclusão dele foi que a produção aumentou 5%.

O biofertilizante também foi testado na lavoura de café do José Sanches. O produtor estava pensando em acabar com o cafezal de sete mil pés por causa da baixa produtividade, mas conta que, depois de três aplicações, as plantas reagiram e a produção surpreendeu com uma terceira florada, sendo que normalmente são apenas duas.

Edivânia da Silva Andrade cultiva pimentão, pepino e tomate em estufas. Ela conta que a aplicação do biofertilizante diminuiu o aparecimento de insetos que prejudicavam a produção, aumentou o número de frutos e a qualidade.

Luiz Carlos de Andrade, que é produtor de soja em Nova Xavantina (MT), se interessou pelo produto e foi até o Centro-Oeste Paulista para ter mais detalhes sobre o biofertilizante. Para ele, o investimento compensa porque é de baixo custo e pode trazer uma melhora de até 10% na produção.

 

G1, 28/01/2018

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