Culturas

Investimento em sementes e adubação auxiliou na produtividade da segunda safra do milho

Começa em Mato Grosso a colheita da segunda safra de milho. A produção recorde deve se confirmar assim como a falta de lugar para estocar a safra. O operador de máquinas Eurindes Augusto da Silva está empolgado “Dá gosto de colher. No máximo em cinco minutos o graneleiro já está cheio.”

O painel traduz em números essa empolgação. A produtividade média em um talhão da fazenda, que fica em Diamantino, passou de 8 mil e 600 quilos: o equivalente a mais de 140 sacas por hectare. Resultado do investimento em sementes, adubação e no manejo do milharal, associado a uma boa ajuda do tempo durante todo o ciclo da lavoura.

Por enquanto os trabalhos ainda estão em ritmo lento na fazenda. Tanto que até agora apenas uma das sete colheitadeiras do grupo está em ação. Mas não é por falta de milho pronto na lavoura. Hoje a propriedade tem mais de 3 mil hectares no ponto de corte. Apenas 400 foram colhidos.

A colheita vai ficar condicionada à retirada do milho pelos compradores. É que os armazéns e silos da fazenda estão lotados com a última safra de soja. São 24 mil toneladas, que não deixam espaço para o milho.

Com os milharais ocupando uma área recorde, a produção deve ser histórica: mais de vinte e oito milhões de toneladas do cereal. Na fazenda do agricultor Altemar Kröhling, as colheitadeiras ainda não foram pro campo, mas ele já se preparou. Vai segurar os grãos em bolsões, afastando também um outro motivo de apreensão: os baixos preços pagos pela saca. “Hoje tão oferecendo R$ 13,80 / R$ 14. Nesse preço não cobre o custo. Não vou vender a este preço. Vou segurar no silo bolsa e vender mais pra frente”.

Em Mato Grosso, os agricultores venderam até agora quase 47% da produção prevista de milho. Nesta mesma época do ano passado, as vendas já somavam 82%.

 

Glob Rural, 04/06/2017

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