Culturas

Resíduos da pupunha viram adubo após colheita do palmito

A floresta de madeira nobre era a principal atividade agrícola de Pedro Ciriello, mas as atenções dele ficaram divididas quando conheceu a pupunha, uma espécie de palmito.

No total, 45 mil pés foram plantados em um sistema compartilhado na fazenda em Garça (SP). E, logo na primeira colheita, a pupunha surpreendeu o produtor. O palmito virou renda principal.

A adaptação fácil no solo compartilhado com outra cultura chamou a atenção. As plantas são cultivadas a uma distância de dois metros das árvores que vão produzir madeiras nobres.

Os pés de pupunha demoram cerca de um ano e meio para produzir. A colheita é manual. Ciriello diz que dá para aproveitar tudo. O palmito vai para o preparo de diferentes pratos. As cascas e as folhas são usadas na alimentação dos animais e também viram adubo.

A expectativa do produtor é colher 45 mil palmitos. Cada um pesa até 700 gramas. O que não vai para o consumo in natura passa por um triturador e vira o principal alimento dos animais da fazenda. Cada colheita rende até 100 quilos de silagem.

A indústria também já descobriu outras utilidades da pupunha. A parte da planta perto da raiz, que era jogada fora por ser mais fibrosa, é usada na fabricação de farinha.

O agricultor Alvim Cirilo tem 15 mil pupunheiras gastava mais de R$ 10 mil por ano para tratar a lavoura com adubo químico. Agora, está economizando depois de adubar com os resíduos da plantação.

G1,18/02/2018

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